quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

História de Dona Redonda e da sua gente - 2

Um dia, de manhãzinha, um rapaz ia de bicicleta por uma daquelas estradas fora. Era um bonito rapaz dos seus doze anos. Delgado, rijo , bem feito de corpo, com os olhos castanhos muito lindos e cabelo preto encaracolado. Via-se que andava sempre ao tempo; tinha a pele tisnada do sol e do vento. Ia descuidado e contente da sua vida, de nariz no ar, e pensava de si para si:
Se esta floresta fosse em África, podia muito bem saltar-me do mato, de repente, um leão. Apontava-a logo ao leão, ali, muito certinho entre os dois olhos e... Pam! Pam... era uma vez um leão! Aqui nunca aconte nada... Só há coelhos, raposas, algum gatito bravo...
Nisto reparou que lá muito adiante, muito longe, na encruzilhada das estradas, uma coluna de fumo delgada e azul, subia para o céu; e subia muito direitinha porque não havia ventob nenhum.
-Olá! disse ele consigo. Isto é novidade. Quem estará ali na encruzilhada a fazer uma fogueira?
Começou a pedalar mais depressa.
Quando chegou perto, viu dois rapazes a assar pinhas para lhes tirarem os pinhões.
-Bons-dias, disse o rapaz da bicicleta.
-Bons-dias, responderam os outros.
E um deles, que tinha o cabelo muito louro e os olhos muito azuis, acrescentou logo com muito bom modo:
-Queres pinhões?
Falavam português, mas o rapaz da bicicleta percebeu que eram estrangeiros. Encostou a bicicleta a uma árvore, sentou-se no chão ao pé deles e começou logo a ajudá-los no trabalho de abrir as pinhas. O rapaz louro pôs-se a conversar com ele.
-Os pinhões aqui são bons.
-É uma fartura.Cor do texto
-Também há mutinhos.
-Mas isso não é tão bom.
-Como te chamas tu?- perguntou o da bicicleta ao rapaz louro.
-Sou o Franz. E tu?
-Chico. E aquele?
-Aquele é o Dick.
Chico -Por que não fala ele com a gente?
Franz -Por que não te conhece.
Chico desatou a rir e Dick corou até às orelhas.
Chico -Essa agora! Eu também não te e estou a falar contigo.
Franz -São costumes lá da terra dele. Ensinaram-no assim.
Chico -De que terra é ele?
Franz -É inglês. Não vês como tem os cabelos ruivos e sardas na cara?
Chico -O que ele tem é muita lã. Mas há-de perdê-la: com duas lamparinas, cai logo.
Franz -Deixa lá. Não faças caso. Tem auqeles preceitos mas é bom rapaz. f
Chico, principiando a zangar-se - Qual bom rapaz nem qual carapuça! Cuida que é mais do que eu? A gente a conversar e aquele espantalho ali sem dar confiança, nem que fosse um surdo-
-mudo!
Dick levantou-se, encarnado que nem um pimentão e afastou-se sem dizer palavr. Mas o Chico foi logo atrás dele e deitou-lhe a mão a um braço.



segunda-feira, 25 de maio de 2009

que linda flor


Ai que lindas flores, mais nenhuma gosto mais!
Ai que linda que é minha mais bela do que a dos meus pais.

sol

Nesta imagem eu vejo muita coisa
como o sol, o mar, montenhas e
nuvens.
É tão bonito!

domingo, 24 de maio de 2009

a minha avó


Avó dá-me um beijinho?
Eu gosto muito de si ...

esta sou eu


Esta sou eu!

desenhos

Luar
Espaço


sexta-feira, 22 de maio de 2009

História de Dona Redonda e da sua gente - 1

Capitulo 1.


Era uma vez um pinhal.
Um pinhal de pinheiros mansos e bravos. Também havia cedros; e havia acácias que se cobriram de flores amarelas e cheiravam bem.
O pinhal era muito grande. Ninguém sabia onde ele acabava; ia por ali fora, por ali fora, pela beira do mar. Os pinheiros avançavam o mais que podiam para o mar, e iam até muito pertinho dele, até à barreira de rochedos e de praias onde nenhuma árvore podia crescer.
Havia muitas estradas dentro do pinhal. Iam para um lado e para o outro, muito cheias de sombra, e não se lhes via o fim.
Havia também casas; casitas pequenas, uma aqui outra acolá. Mas o pinhal era tão grande que uma pessoa podia andar léguas dentro dele sem ver nenhuma casa e sem encontrar vivalma.
À roda das casas não havia galinheiros.
Nem havia hortas, nem jardins; só´mato e pinhal por todos os lados.
As casas eram todas muito branquinhas.
Mas tinham as portas verdes, outras encarnadas, outras azuis; e os telhados eram cor-de-rosa. Estavam quase sempre fechadas.
Era muito raro ouvir-se vozes ou ver-se gente no pinhal.